Com o Sol em Balança, é boa altura para republicar este texto
Vamos agora adoçar o tom, e hoje fala-se de Vénus, deusa do amor e regente do segundo signo do Zodíaco, Touro e do sétimo, Balança.
Como é costume nestas coisas de deusas e deuses, existem várias versões sobre o seu nascimento. Nasceu já adulta, e diz-se que é filha de Úrano, fruto do sémen que se espalhou pelo mar quando Saturno, que também era filho de úrano, o castrou.
Coisa muito complicada esta relação pai e filho, e que será fruto de análise noutra crónica. Relevante astrologicamente será o facto de Saturno e Vénus serem irmãos por parte do pai…
E como também, e é melhor que se vão habituando a isto, no essencial, a estória dela é a mesma de Afrodite, deusa grega , nomes diferentes, identidades próximas. É que a globalização não é coisa exclusiva dos nossos dias. Os Romanos fizeram-na muito bem e assimilaram tudo o que de mais importante as outras civilizações construíram.
Voltando a Vénus, quando chegou ao Olimpo, andaram todos os deuses “à turra” para ficar com ela, arrebatados pela sua beleza.
Tal como agora, naquele tempo, certos favores precisam de ser pagos, e Vulcano tinha ajudado Júpiter numa batalha fornecendo-lhe os raios com que ele derrotou os gigantes, logo teve direito a uma benesse especial.
Pobre de Vénus, presa num casamento de conveniência com um Deus. Está certo! Era um deus, mas feio como sei lá o quê, e ela acabou por se envolver com outros habitantes do Olimpo.
Uma dessa estórias foi abordada na crónica anterior e é mais famosa de todas. Foi a da paixão por Marte, que acabou enredada por uma rede invisível lançada pelo marido ciumento e exposta à risota de todos os outros deuses.
Adoro um pormenor que só mesmo uma deusa seria capaz. Ao ser abandonada por Marte, após a exposição pública, Vénus ressentida lançou-lhe uma maldição. Como qualquer mortal do sexo feminino sabe, este é um estado pouco propício a boas ponderações. E vai que Vénus resolver amaldiçoar Marte fazendo com que ele se apaixonasse por qualquer uma. Obrigadinha Vénus.
A sua ligação com Mercúrio e Baco também encheram páginas de revistas, e os filhos destas relações acabaram por ter o seu lugar. De Mercúrio nasceu Hermafrodito e de Baco Príapo. Todos eles personagens habituais de estórias bem apimentadas.
Há ainda o episódio delicioso, com Adónis, que acabou transformado em cervo, por Marte, muito zangado por ter sido trocado por um mortal. Boa lição para os mortais que se atrevem a meter-se com deusas, não concordam?
E de mitologia o essencial está referido, e traduzindo para astrologia, e com a ajuda de um(a) bom(a) astrólogo(a), através da colocação por signo e casa do planeta Vénus no vosso mapa, das suas dúvidas e certezas, podem obter pistas preciosas sobre como usar este pequeno tesouro, sobre o que apreciam e como a manter feliz. Não vá ela lançar-vos uma maldição…
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